segunda-feira, 26 de julho de 2010

Endometriose - a doença da mulher moderna...






Há um tempinho esse monstrinho me assustou, da suspeita da minha médica até o resultado da ressonância magnética, passei por um estresse ENOORME só com a possibilidade de ficar infértil...


Na hora que a médica falou da suspeita, depois de analisar meu hemograma, minha cabeça bloqueou e eu não consegui prestar atenção em mais do que ela falava, era um monte de blá, blá, blá e uma única coisa na minha cabeça: "Você não será mamãe!"


Eu já tinha ouvido falar em endometriose, mas a única coisa que sabia sobre era que levava à infertilidade, acabei descobrindo que ninguém na minha família sabia do que se tratava, fiquei mais alarmada ainda, quando: descobri que esta doença está cada vez mais acometendo mulheres e muitas ainda na adolescência, que não há quase informação/divulgação sobre e que muitas mulheres, se encontravam na mesma situação que eu, ou seja, praticamente, nunca ouviram falar!


Na minha opinião, o governo deveria, ou melhor tinha que fazer propagandaa a respeito no horário nobre, ao invés de perder tempo com ladainhas que nós já estamos carecas de saber... Até porque, além de levar à infertilidade a endometriose atrapalha demais a mulher no seu dia-a-dia!


A endometriose é conhecida como a doença da mulher moderna, isso porque, com a inserção desta no mercado de trabalho, a mulher acaba se vendo obrigada a executar inúmeras funções no seu dia, levando-a a um nível de estresse e cansaço muito grande. Os médicos ainda divergem sobre a origem do problema, mas tudo leva a crer que o dia-a-dia acaba fazendo com que ela se desenvolva.




Conceituada como uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar. O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.


Os sintomas da doença são:


- muita cólica (não pensem que a cólica é coisa natural da mulher)

- dispareunia (dor durante a relação sexual)

- dificuldade para engravidar


- irregularidade mestrual


- dor acentuada durante o período ovulatório



Não necessariamente todos os sintomas aparecem, em alguns casos, ela pode até ser silenciosa, ou seja, não apresentar sintoma nenhum.


As formas de diagnóstico são o exame ginecológico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização da biópsia.


Existem vários tipos de tratamento, dependo do estágio da doença, por isso não vou me atentar a descrevê-lo, pois acredito que a isso compete a um médico, minha função é apenas informar da existência desta, portanto, aconselho a todas a procurar seu ginecologista e questionar sobre. Ressalto, que dependendo do nível da doença a infertilidade é IRREVERSSÍVEL, portanto, preocupem-se!


No meu caso, após reclamar muito das intensas cólicas, minha médica passou um hemograma completo, inclusive pedindo o exame da dosagem CA-125 plásmático. Trata-se de uma proteína que pode estar elevada nestas pacientes mas como não é um exame específico, isto é, outras doenças como tumores ovarianos também podem elevá-la, não tem grande especificidade. Sua dosagem deve ser feita preferencialmente durante a menstruação. Por outro lado também é sabido que pacientes portadoras de endometriose podem cursar com valores normais de CA 125. Voltando a mim, após esse exame, minha médica precisava saber se a doença já havia se desenvolvido, por isso passou um exame de ressonância magnética do útero e do reto. Às vezes a doença é tão forte, que eu não sei explicar por qual motivo, chega a afetar o intestino, daí as dores ao evacuar.


Graças a Deus, a ressonância não acusou nada, ou seja, a doença não se desenvolveu, porém, minha médica por precaução, resolveu me passar um tratamento, como forma de evitar que ela apareça. Uma coisa digo, com o tratamento, minhas cólicas sumiram (às vezes tenho um pouquinho, mas nada absurdo com era, e é muito raro de aparecer) e minha TPM diminuiu consideravelmente, maravilha né!?


Portanto meninas, aconselho a todas a procurarem seus médicos e se informarem, porque o caso é mais sério do que pensam!



4 comentários:

  1. Amiga muito importante vc ter abordado esse assunto!
    Tem muita menina que não tá nem ai pra saúde nem se quer procura um médico!
    Parabéns seu blog ta lindo e seus post's Ótimos!
    Beijos
    Jaque

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  2. Lu, que ótimo abordar este assunto. Semana passada meu médico me encaminhou para uma cirurgia de videolaparoscopia para tirar a dúvida.
    E olha só, eu nem imaginava pois "não tenho sintomas" mas a dificuldade de engravidar.
    Então, legal seu alerta: segundo meu médico muitas vezes não aparecem sintomas, tem que estar atenta mesmo.

    Espero que meu exame seja um mega NEGATIVO.

    Parabéns pelo blog.

    Bjs

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  3. Adorei seu blog e principalmente suas explicações sobre a Endometriose eu já a conheço mas você fez bem em esclarecer tem muitas meninas que não sabem da metade...
    Bjos

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  4. Gostei muito do post, esse assunto é mto sério, conheço uma menina q chegou a infertilidade por conta disso. Sempre percebo que muitas ainda não sabem sobre essa doença, já vi até pessoas num cúmulo de ignorância dizer que isso é invenção do mundo moderno...
    É muito importante esclarecer....

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